Dom Rui Valério, celebrou o seu primeiro ano como Patriarca de Lisboa refletindo sobre os desafios enfrentados e as prioridades para o futuro. Em entrevista à Rádio Renascença, destacou sua preocupação com a pobreza, a imigração e temas que dividem a sociedade, como o aborto e a eutanásia.
A respeito do posicionamento da Igreja sobre o aborto, especialmente após a recente proposta de ampliação dos prazos legais para a sua realização, o prelado lamenta que o aborto seja frequentemente utilizado como uma “arma de arremesso” para fins políticos, sem a devida consideração pela vida humana.
Igualmente ao falar acerca da eutanásia, ele explicou que a Igreja se mobiliza em inúmeras iniciativas e muitas são as associações e instituições cujo objetivo é exatamente zelar pela vida e valorizar os cuidados paliativos.
O Patriarca também reafirma o compromisso da Igreja de promover a dignidade humana, através da ajuda aos mais pobres e desprotegidos, com especial destaque para a criação de uma paróquia em Lisboa voltada para a população em situação sem-abrigo. Ele reforça a necessidade de uma resposta integral e europeia para problemas como a imigração e a pobreza. Defende ainda políticas de acolhimento mais solidárias e eficazes em vez de quotas de imigração.
Em relação ao processo sinodal, Dom Rui destaca a relevância desse movimento como um dos momentos mais importantes da vida da Igreja no século 21, que encoraja o diálogo, a participação ativa dos fiéis e uma renovação do espírito de comunhão. O patriarca de Lisboa considera que este processo tem fortalecido a união da Igreja. Por fim, comparou a um “novo Pentecostes”, onde fiéis de diferentes origens e contextos se encontram para buscar um caminho comum.
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