O Domingo da Festa da Misericórdia inicia com o ensinamento do Padre Delton Filho, fundador da Comunidade Coração Fiel. O pregador e padre convidado reflete sobre o que é ser “Discípulo da Misericórdia”.
Padre Delton recorre ao parágrafo 1784 do Diário de Santa Faustina para falar de algo precioso guardado no coração de Jesus. Jesus quis revelar à secretária da Misericórdia o seu anseio pela salvação das almas, do seu desejo de santificá-las, mas era necessário que as almas quisessem e confiassem. Padre Delton reforça que a confiança surge do conhecimento e da experiência com Jesus Misericordioso diante dos problemas que todos temos. Desses problemas próprios da condição humana decorrem as nossas fragilidades, misérias. E é nas nossas misérias que o Senhor age através de graças especiais. É diante dessa nossa condição de miseráveis que se denomina a chegada ao tempo da Misericórdia.
Recordando-nos das histórias do Novo Testamento em que era possível tocar e experimentar Jesus, Padre Delton reforça que foi aí que surgiu o tempo da Misericórdia e que esse mesmo tempo se estende à atualidade porque nós, seus discípulos, somos chamados para dar a conhecer a Sua Misericórdia uma vez que o dia do Juízo Final irá chegar para todos.
Esclarecendo sobre o Juízo Final, Padre Delton refere que é o tempo em que Deus julgará o nosso estado de alma, porque “o inferno e o céu não são lugares mas estados da nossa própria alma”. Diante desta realidade, “o discípulo da Misericórdia não tem medo do Juízo Final”.
Para explicar melhor esta dinâmica Padre Delton recorre à experiência de tantos santos com a Misericórdia. Essa visita do céu a tantos lugares no mundo, a tantos santos, nomeadamente a São Francisco e Santa Jacinta Marto aqui em Fátima. Eles foram esses discípulos da Misericórdia. Jesus e Nossa Senhora chamam todos os consagrados, isto é, todos os batizados a ser discípulos do seu coração misericordioso.
O fundador da Comunidade Coração Fiel concluiu assim o seu ensinamento com alguns aspetos essenciais característicos dos discípulos de Jesus. Em primeiro lugar, ter presente sempre as sete obras de misericórdia corporais e espirituais e, claro, cultivar e divulgar a devoção à imagem de Jesus Misericordioso e à Festa da Misericórdia. Nesta dinâmica o discípulo da Misericórdia deve ainda exercitar a confiança em Deus, sendo este um aspeto em que o demónio tende a atacar mais o cristão, e tomar a firme decisão de se consagrar a Ele e assumir como projeto de vida Jesus, fonte da Misericórdia.
Divina Misericórdia: a única dependência que faz sentido ter
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