Ser misericordioso em vez de praticar apenas a religião é a garantia da nossa salvação

Estamos no dia que antecede o Domingo da Festa da Misericórdia.

A Canção Nova, como comunidade que divulga a necessidade da devoção à Misericórdia Divina, organiza este encontro de oração para que os fiéis possam celebrar a Misericórdia de Deus nas suas vidas.

Após um momento de animação e oração, Padre Delton Filho, da Comunidade Coração Fiel, iniciou o seu ensinamento detendo-se na primeira parte do versículo que compõe o tema da Festa da Misericórdia deste ano: “Ide, pois, aprender o que significa: prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mateus 9, 13).

“A Misericórdia é uma escola” afirmou, à medida que explicava a primeira parte do versículo de São Mateus, enquadrando-o no chamamento do apóstolo numa altura em que os fariseus rejeitavam as verdades que Jesus ia anunciando.

O sacerdote reforça que nesta “imagem” Jesus tem vontade de arrancar a hipocrisia dos fariseus que colocavam pesos nos ombros dos outros, quando os próprios fariseus nada faziam daquilo que exigiam aos outros.

“Nosso Senhor quer compromissos certeiros, duradouros, arrancar a hipocrisia e, por isso, pede misericórdia ao sacrifício”, clareia Padre Delton ao mesmo tempo que reforça que esta atitude é garantia de salvação e de não chegar ao final da nossa vida e ir ver o inferno.

Padre Delton Filho aproveita para ligar este versículo bíblico às aparições de Nossa Senhora em Fátima, quando Ela mostra aos Pastorinhos a visão do inferno, em 1917, e às visões de Santa Faustina em que Jesus também lhe confirma a existência do inferno. De assinalar que apenas 14 anos separaram estes dois momentos.

O sacerdote recorda o parágrafo do Diário de Santa Faustina (741) onde Santa Faustina é conduzida por um anjo a ver os castigos que aconteciam no inferno: perca de Deus, perpétuo remorso das culpas, tudo é permanente com um fogo que arde mas não destrói, mau cheiro, companhia constante de satanás e uma imensos desesperos, pragas e blasfémias.

A ligação destas aparições confirma o que se vive na atualidade afirma Padre Delton: “são tempos difíceis e é necessário tomar decisões de céu na terra”.

“Os Santos Pastorinhos e Santa Faustina foram agraciados com estas visões para que pudessem testemunhar a todos nós e não corrermos o risco de cair nestes tormentos porque existem”, reforçou o sacerdote.

Padre Delton dá assim a receita para ir para o céu, corresponder à ordem do versículo da Palavra de Deus, isto é, fazermos todas as práticas mas com o coração. Porque se dentro do coração não acontece a mudança de nada valem os terços, jejuns e missas que participamos. Segundo Delton, praticar a religião é muito importante mas não se podem resumir a estes atos e manter um temperamento difícil, coscuvilheiro, maldizente…

“Não basta ser comedor de hóstias” porque comungar é estar em comunhão de sentimentos, de coração com Deus e com os outros, afirma.

O sacerdote da Comunidade Coração Fiel pede aos fiéis para se questionarem: “como é que eu comungo?”. Nesta reflexão afirma que a Misericórdia é ter um coração que acolhe a miséria do outro tendo em conta a experiência de intimidade com o Senhor.

Concluindo o seu ensinamento, Padre Delton referiu as obras de misericórdia corporais e espirituais como forma de entrar nesta Escola que é a Misericórdia.

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