Vive da Esperança?

O mundo transforma-se. A evolução é grandiosa no campo científico, técnico e cultural. O reconhecimento da dignidade humana parece, enfim, estender-se a todos os povos através de organismos nacionais e internacionais. O próprio homem, individualmente, vai tomando consciência da sua função específica no conjunto harmonioso da humanidade. Caminhamos, finalmente, para o mundo novo, de há muito anunciado e esperado. O Cristão vive, assim, da esperança. Esperança neste novo mundo em construção, fora e adentro da própria Igreja, e que teve a sua arrancada inicial na Ressurreição de Cristo e atingirá o seu termo na segunda vinda do Senhor. Esperança na construção de um mundo melhor, já aqui na terra, por forma a que os homens sejam efetivamente uma família, um só povo.

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1ª Leitura: Profecia de Malaquias 3, 19-20a — “Para vós nascerá sol de justiça”
O profeta anuncia o “Dia do Senhor”, expressão que na Bíblia significa uma intervenção especial de Deus, por vezes de castigo, mas sempre em ordem à salvação. Nesta leitura, o Dia do Senhor apresenta-se como dia de castigo, “ardente como uma fornalha”, para os ímpios; mas para os justos, para os que temem o nome do Senhor, esse dia verá brilhar o “Sol da Justiça”, que traz “a salvação nos seus raios”. O “Sol da Justiça” é finalmente Jesus Cristo.

Salmo 97 (98) — O Senhor virá governar com justiça.

2ª Leitura: Segunda Epístola de São Paulo aos Tessalonicenses 3, 7-12 — “Quem não quer trabalhar, também não deve comer”
A consciência que os cristãos têm do fim dos tempos e da vida futura em nada os deve afastar de olharem para esta vida com interesse, entregando-se ao trabalho de cada dia, porque continua a ser verdade que cada um há-de comer o pão com o suor do seu rosto. Os Tessalonicenses, julgando próxima a vinda do Senhor, não estavam a entender isto muito bem.

Evangelho: São Lucas 21, 5-19 — “Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas”
Jesus anuncia a ruína de Jerusalém, e previne os seus discípulos contra os falsos profetas, os falsos rebates com que muitos os pretendiam arrastar. Anuncia-lhes que eles terão certamente muito a sofrer, mas promete-lhes a sua assistência até ao fim e será no fim que se encontrará a plenitude da salvação.

Ver liturgia do domingo passado:
Ser conduzido por Deus rumo à eternidade